terça-feira, 29 de janeiro de 2008

4 minutos.

O que pode mudar em 4 minutos?
Em 4 dias?
Resposta rápida: muita coisa.

3 minutos.

Correria!
Ninguém corre nessa cidade, mas o tempo da internet sempre corre mais rápido no finalzinho. Igual a noite, que passa mais rápido depois da meia-noite. Nunca reparou?

2 minutos.

A verdade é que não mudou nada aqui, não. Vou te ligar daqui a pouco e ficar feliz por ouvir sua voz. Sinto sua falta. Como será que você está hoje?

1 minuto.

I'm yours. I'm with you. I love you.
Beijo!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Hoje eu queria estar na TPM só para justificar meu humor sem maiores interrogações.

Faz meses que não tenho essa desculpa.
Faz meses que vivo com uma pessoa que me faz pensar um pouco mais, fazer um pouco mais, me esforçar um pouco mais, contestar um pouco mais, ser mais feliz ("um pouco"? Não. Mais.).
Faz meses que meus hormônios deixaram de controlar meu humor, substituídos por um outro humor e pelas condições de um relacionamento.
Faz meses que eu não sei mais o que é ser sozinha. Faz meses que me sinto repleta. Completa.
Faz meses que, por vezes, eu posso acordar com um sonho ao meu lado. Aconchego. Encanto.
Quanto mais te tenho, mais te quero. Te preciso. Te adoro.
Posso dizer que te amo?

domingo, 16 de setembro de 2007

Despedida


"A gente nunca sabe a falta que as pessoas vão fazer"

Talvez a gente saiba.
Difícil olhar para uma pessoa querida e pensar que tudo ficaria bem se, por algum motivo, ela se ausentasse.
Mas é verdade... Algumas faltas nos pegam de surpresa. Algumas vezes, a distância é necessária para se descobrir a importância da existência de alguém. Há quem ganhe uma segunda chance. Há quem seja obrigado a lidar com o remorso pelo que disse e não disse, fez e não fez.
Mas tudo isso, tudo isso para dizer que o que eu não sabia era que você ia se tornar falta.
Não, não porque eu não desse importância para você. Não porque você indo embora, não mudaria nada. Mas porque eu não achava que você iria embora. Eu não sabia que, no lugar da sua vida, ia encontrar... bem, não ia encontrar mais sua vida. Ninguém sabia.
Desculpa, mas é difícil acreditar.
Você era uma dessas pessoas que simplesmente parecem vivas demais.
É isso? É esse o problema?
Não, sei que não...
Mas aí aparece um caminhão... o carro não escapa, o avião não sobe... e vocês se vão.
Eu espero que você não tenha sofrido. Eu também espero que você esteja bem. Não quero pensar no acidente, no hospital, no enterro. Como foi, o que aconteceu, o que você sentiu... Tortura. Daria um certo alívio ter uma descrição exata do momento? Saber o que atingiu você, por que seu coração parou? Talvez. Mas, no final da explicação, você volta? Não, né? Então deixa. Não quero.
Hoje eu fui na sua casa, primo.
Entrei no seu quarto, vi suas coisas. Seu computador, seus documentos, sua cama, suas fotos. Seu celular. Desculpa, mas eu olhei tudo. Mensagens recebidas e enviadas, arquivos, álbum. Ali eu não chorei. Gostei de estar perto. De conseguir estar perto.
Falta vontade de ser racional agora.
Então, olha... Tem muita tristeza por aqui. Essas saídas imprevistas causam certo impacto, sabe? Mas já tem um pouco, um pouquinho de riso. Porque você deixou tanta história e tanta coisa boa na gente. A gente conta do Dottori, de viagens, de almoços de três horas, de piadas, de companheirismo, de sonhos, de planos, confidências. Tudo que agora virou lembrança. E dói. Mas não se preocupa, não. Sempre haverá a falta, mas sempre haverá o carinho. Por aqui, a gente se ajeita aos pouquinhos. Então não se assusta com as lágrimas. A idéia é que a gente se fortaleça. Ainda parece mentira. Eu quero só a saudade, sem a tristeza. Quero lembrar (e é incrível como as lembranças afloram, agora tão especiais) e sorrir, não cultivar uma ferida. Esquecer você? Deixar de pensar, de falar? Não, nunca. Quero descobrir como amparar essas pessoas que nos são tão caras. Ter você no coração, ponto forte em comum, vai nos unir ainda mais.

Foi muito bom te conhecer, Lelê.

Tchau.






Quinta-feira, 10 de janeiro de 2008:
Rapaz extremamente parecido no metrô. Perdi a estação de desembarque. Temi que, se desviasse para muito longe o olhar, ele desapareceria.
Não, não era ele. Ele nunca mais vai pegar metrô, usar óculos de sol, parar fazendo pose, aparecer na casa da vó, sentir o sol.

Tem dias que tanta coisa dói.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Para você.

Eu não sei bem o que é ser romântica. Talvez já tenha acabado com alguns momentos com uma risada fora de hora ou uma frase imprópria para a situação. Tenho algo da menina que bate com a lancheira na cabeça do menininho como demonstração de afeto... Faço carinho mordendo. Literalmente.

Fico boba.
Fico assim, sorrindo com um e-mail, com uma ligação, uma atenção sua.

Tenho uma sensação que nasce no peito e cresce, cresce, parece que não vai caber em mim. E não cabe. Vaza em sorrisos, em suspiros, em sonhos de futuro, em lembranças coloridas, em desejos, em abraços que nunca são apertados o suficiente - por mais que você já não esteja respirando e meus braços já estejam tremendo - e, bem, em lancheiradas na cabeça.

Vontade de ficar pequena para caber no bolso, ou de deixar você pequeno e colocar em um potinho, levar comigo aonde eu for. Estar com você aonde você for.
Vontade de ficar grande, levar você para casa e fazer você dormir aninhado, colado ao meu corpo.
Virar menina de armadura e sair matando dragões - seus, meus, nossos.
Parar em pé, ainda que não seja tão ajeitadinha quanto antes, mas parar em pé para seguir junto sem ser peso. Para ser apoio, ser conforto.

É um apego tão grande ao instante - a atenção ao toque, à respiração, ao olhar, aos contornos, às expressões. É a urgência de saber o que você está pensando e poder sentir e compartilhar tudo o que se sente. E, junto, é um desfile de planos... uma programação que eu levo a sério.

Talvez você devesse saber que eu estou fazendo de você o meu mundo. Minha, casa, meu lugar, meu porto seguro. Não sei se isso é saudável. Sabe-se lá o que de assustador pode haver nesse coraçãozinho que eu quero te mostrar... Mas, no mínimo, é algo que nos deixa mais próximos. E eu gosto disso.

E eu gosto de você. De você, que me dá momentos encantadores. Emocionantes. Felizes, enfim.
Que tem palavras e gestos tão bonitos, tão gostosos... que só me fazem querer você mais e mais.


Eu te adoro.